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Campanha Julho Verde chama atenção para o câncer de Cabeça e PescoçoTabagismo, etilismo e o vírus HPV são fatores de risco para o desenvolvimento da doença, que deve atingir mais de 40 mil pessoas no Brasil em 2018

 

O uso de cigarro e álcool e o vírus HPV estão na lista de fatores que podem causar o câncer de cabeça e pescoço, doença que, somente em 2018, deve atingir mais de 40 mil pessoas no Brasil. Os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) reforçam a importância do Julho Verde, campanha que faz alusão ao Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado no dia 27 de julho. Responsável por realizar cerca de 70% das cirurgias de cabeça e pescoço do Estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) apoia o Julho Verde e chama atenção, também, para a necessidade o diagnóstico precoce, essencial para o tratamento da doença, que possui altas chances de cura quando detectada no início.

 

Câncer de cabeça e pescoço é o termo genérico que identifica os tumores malignos que se desenvolvem em áreas como boca, orofaringe, faringe, laringe e esôfago, entre outras. “Boa parte desses tumores são dependentes de fatores extrínsecos, como cigarro, bebida alcóolica e o vírus HPV, que aparece como indutor especialmente dos tumores de boca e orofaringe. Isso quer dizer que eles podem ser prevenidos”, reforça o coordenador do Serviço de Cabeça e Pescoço do HCP, dr. Leonardo Arcoverde. A associação de álcool e cigarro, por exemplo, aumenta em até 20 vezes o risco de desenvolvimento da doença.

 

De acordo com o cirurgião de Cabeça e Pescoço, também é importante que a população esteja atenta quanto aos sinais e sintomas que podem indicar a presença de um câncer na região. O alerta é válido especialmente para homens a partir dos 40 anos de idade que, de forma geral, costumam ser os maiores atingidos pelas doenças. “Nódulos no pescoço, feridas na boca que não cicatrizam há mais de 15 dias, sangramento repentino no nariz em pessoas que nunca apresentaram tal quadro antes, rouquidão que ultrapassa dez dias e que vai piorando ao longo do tempo. São sintomas que, muitas vezes, passam despercebidos, mas que podem indicar algo mais grave”, pontua o especialista.

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